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abril 30, 2004

O Jorge, é o maior! 

Andava aqui perdido na leitura de uma obra do Prof. J. C. Dias Cordeiro, que dá pelo título de Psiquiatria Forense, quando a páginas 28 o autor resolve fazer uma referência ao Jorge Palma (não como exemplo clínico) e a uma das suas frases, sempre certas!

"Do que não há dúvida é que, tendencialmente, serão menos livres as pessoas nascidas [e aí vem o Jorge] no lado errado da lua (...)".

Apontamentos humorísticos de Martins in A Bola, corria o ano de 1974, e já lá ia o 25 de Abril 



abril 29, 2004

Encontrei a cassete do Carvalhas! 

Decreto-Lei n.º 406-A/75, de 29 de Julho.

Os latifundiádios e, nas últimas décadas, os grandes capitalistas agrícolas constituíram o estrato social dominante no campo durante o fascismo. Esse domínio, de que constituiu veículo e garante fundamental o aparelho de estado fascista, assentou na exploração desenfreada da massa dos operários agrícolas e na espoliação e submissão dos pequenos agricultores.
A liquidação do fascismo e das suas bases implica, no campo, a destruição do poder económico e social daquelas camadas que, embora desapossadas do poder de Estado e do contrôle de largas áreas do seu aparelho pelo processo político iniciado em 25 de Abril de 1974, continuam, sob várias formas, a exercer o seu domínio sobre as camadas populares rurais.
Com efeito, a detenção da grande propriedade da terra e dos meios fundamentais de produção agrícola por parte daqueles estratos sociais, mesmo num contexto político transformado, não só representa o prolongamento da exploração e da espoliação, como acarreta a reprodução das próprias condições do seu domínio social e ideológico.
Se a reforma agrária que se pretende desencadear responde a um imperativo de libertação das forças produtivas relativamente aos estrangulamentos produzidos por formas de propriedade da terra e dos meios de produção que passaram a contrariar o desenvolvimento daquelas forças, importa não esquecer, por um momento, que hoje, em Portugal, essa reforma agrária começa por ser, concretamente, um processo político fundamental de liquidação dos grandes agrários, de liquidação das camadas sociais que têm até agora dominado o campo.
A liquidação do domínio dos grandes agrários é parte integrante e essencial do processo de destruição do fascismo e das suas bases sociais e surge, como condição fundamental, no caminho da libertação e emancipação dos operários agrícolas e dos pequenos agricultores no caminho da construção de uma sociedade democrática.
Este processo não constitui, no entanto, no que tem de profundo e essencial, um facto ou uma iniciativa do poder de Estado: é de todo em todo irredutível a um quadro de medidas administrativas e legais por cujos carris se ambicionasse fazer seguir linearmente uma reforma agrária comandada pela Administração Central. Tem de construir - e em larga medida constitui-o já - obra do poder de iniciativa, de imaginação, de organização, de luta e de trabalho dos operários agrícolas e dos pequenos agricultores. E é de justiça elementar reconhecer, no preâmbulo de um diploma como o presente, a importante contribuição que estas camadas têm dado para o avanço e aceleração do processo de reforma, já depois de 25 de Abril de 1974, na linha das lutas históricas travadas pelos assalariados rurais do Alentejo contra os grandes agrários e o fascismo, e que tiveram o seu ponto mais alto no início da década de 60.
Os dispositivos legais contidos no presente diploma constituem apenas um quadro geral de ataque à grande propriedade e à grande exploração capitalista da terra. Resultado político da tradição de luta, das iniciativas e das conquistas de operários e pequenos agricultores, pretendem colocar-se agora, como instrumento e como estímulo, ao serviço dessas camadas.
Momento estatal num processo social de que são protagonistas principais as classes dominadas do campo e cuja dinâmica é eminentemente local, importa saber ver, portanto, neste diploma, por um lado, uma síntese parcelar de experiências e conquistas e, por outro, um apelo e um quadro para que a iniciativa popular se desenrole e implante, na base de múltiplas assembleias locais, a quem competirá impulsionar a própria reforma - sem prejuízo, aliás, do imprescindível concurso das associações de classe e de outros órgãos específicos.
Enquanto momento estatal, deve sublinhar-se ainda o carácter deliberadamente parcelar do presente diploma, já que se limita, praticamente, a prever e regular o processo de desapossamento da grande propriedade da terra e da grande exploração capitalista dos estratos até agora dominantes e seus agentes mais poderosos.
Embora se aponte desde já para a institucionalização de formas embrionárias de iniciativa e organização social local, com papel a desempenhar na dinâmica de liquidação dos grandes agrários e de construção de novas formas de produção e de vida, relega-se para próximos diplomas quer o regime das novas formas de organização da produção, quer a definição de um novo estatuto jurídico da terra, da água e da floresta em que se discipline a respectiva atribuição, uso, posse e circulação.
É que esse regime e esse estatuto também não podem, nem devem, brotar unilateralmente do Estado: têm de nascer, eles também, em larga medida, das iniciativas e das lutas locais, da vontade das assembleias que, pelo campo fora, de aldeia em aldeia, forem assinalando o contrôle do processo produtivo pelas classes trabalhadoras.

Uma breve passagem... 

...já passou!

abril 20, 2004

O sistema fartou-se de ruminar e passou a regurgitar... 

Vamos lá ver no que é que isto dá...

Será que não passa de um qualquer purgante de (auto)administração cíclica?

Os "Senhores do Futebol" lá saberão...

abril 15, 2004

Por falar em músicas arrebatadoras... 

I'm an ocean in your bedroom
Make you feel warm
Make you want to re-assume
Now we know it all for sure

I'm a dance hall dirty breakbeat
Make the snow fall
Up from underneath your feet
Not alone, I'll be there
Tell me when you want to go

I'm a meth lab first rehab
Take it all off
And step inside the running cab
There's a love that knows the way

I'm the rainbow in your jail cell
All the memories of
Everything you've ever smelled
Not alone, I'll be there
Tell me when you want to go

Sideways falling
More will be revealed my friend
Don't forget me
I can't hide it
Come again make me excited

I'm an inbred and a pothead
Two legs that you spread
Inside the tool shed
Now we know it all for sure

I could show you
To the free field
Overcome and more
Will always be revealed
Not alone, I'll be there
Tell me when you want to go

Sideways falling
More will be revealed my friend
Don't forget me
I can't hide it
Come again get me excited

I'm the bloodstain
On your shirt sleeve
Coming down and more are coming to believe
Now we know it all for sure

Make the hair stand
Up on your arm
Teach you how to dance
Inside the funny farm
Not alone, I'll be there
Tell me when you want to go

Don't Forget Me, Red Hot Chili Peppers

abril 14, 2004

Sem comentários (acho que as partes destacadas dizem bem da coerência do discurso). 


Público

Para os socialistas a situação é mais grave do que se pensava
Iraque: PS surpreendido com apelo de Durão Barroso ao regresso de civis


Lusa
O PS afirmou hoje ter ficado surpreendido com a recomendação do primeiro-ministro para os civis portugueses abandonarem o Iraque, atribuindo este apelo "a uma situação no terreno mais grave do que se imaginava".

"Ficámos surpresos com esta declaração, quer dizer que a situação no Iraque está pior do que aquilo que se imaginava", afirmou aos jornalistas o deputado do PS Vitalino Canas.

Durão Barroso recomendou hoje aos civis portugueses que abandonem o Iraque alegando que o Governo não pode garantir a sua segurança, mas afirmou que a presença de militares da GNR no território mantém-se.

"A nossa posição [do Governo português] é de que não podemos, de forma alguma, garantir a segurança dos civis naquele território", afirmou Durão Barroso, advertindo que as pessoas que se desloquem para o Iraque ou que decidam lá permanecer, nomeadamente os jornalistas, "o fazem por sua conta e risco".

Nos últimos dias, vários civis têm sido raptados no Iraque por grupos armados.

Vitalino Canas considerou que as declarações do primeiro- ministro "dão razão ao PS" que pediu a semana passada uma reunião com o Governo para discutir a presença de militares da GNR no Iraque.

Antes da Páscoa, os socialistas entregaram um requerimento a pedir a comparência urgente do ministro da Administração Interna, Figueiredo Lopes, no Parlamento, para explicar aos deputados a actual situação dos militares da GNR no Iraque, depois de três elementos desta força terem sido feridos no terreno.

Figueiredo Lopes manifestou-se disponível para essas explicações e o Governo marcou para amanhã a sua presença no Parlamento, mais tarde do que pretendiam os socialistas.

"Mas da reunião de amanhã terá de resultar um conjunto muito preciso de informações quer sobre a situação dos civis quer sobre a situação dos elementos da GNR no terreno"
, advertiu Vitalino Canas.

O PS ainda não disse se pretende a retirada dos militares da GNR do Iraque, afirmando que pretende conhecer as informações do Governo sobre a situação destas forças antes de definir uma posição.

"Estes elementos da GNR foram para o Iraque desempenhar missões de manutenção da ordem pública e actualmente deparam-se com uma situação de pré-guerra civil", acrescentou Vitalino Canas.


abril 13, 2004

Um breve sorriso... 

...estou a curar uma maleita dentária, venho por este meio meter baixa!

Beijos e Abraços.

abril 08, 2004

Até ao telefone me interrogam! 

Estava na minha hora de almoço (sim, hoje estou a trabalhar) e toca o telefone. No visor, aparece o nome do Tiago.
Devo acrescentar que momentos antes tinha recebido uma mensagem (sms), também do Tiago, com o seguinte conteúdo:

- "No canto branco, pesando 68?Kilos, Kaiser. No canto preto, pesando 115 Kilos, Zé. Ting, Ting! Let's get ready to rumble..."-

No telefonema que se seguiu, dizia o Tiago que o Zé já tinha escrito hoje, e que isto prometia!

E promete! Se do outro lado está o Zé, a luta vai coninuar até à exaustão, porque ele não é Homem de virar a cara à luta (ainda bem, é por isso que o tenho lá em cima, bem em cima na escala).

Se é verdade que somos do mesmo clube, o único e insubstituível Sport Lisboa e Benfica, também não é menos verdade que quanto ao resto raramente estamos de acordo. Mas como já tive oporunidade de dizer algumas vezes, em sintonias privadas, o sal da vida também são estas diferenças. Se todos adorassem o amarelo, o mundo era uma verdadeira seca, não era? (depois do último post do Zé, resolvi que devia deixar umas perguntas no ar)

Pois bem, caro Zé. As interrogações não me assombram a vida, nem a tornam estranha. Apenas me asseguram que não seja perfeitamente normal e banal e foi um vício que apanhei nas minhas leituras Nitzschenianas.
O Nietzsche tinha essa mania, para alguns irritante, de começar os parágrafos com várias perguntas, respondendo, ocasionalmente e no correr do texto, a algumas e deixando outras eternamente no ar! O "E Então?" veio absolutamente do nada, tal como o "Porque não?". São manias!

Mas impõe-se uma outra pergunta, meu caro: E então a tua resposta? Não te vais ficar por meras classificações de "aleivosia" e "polícias secretas", pois não? Ou devo entender que queres arrumar por aqui a questão, dado o extremo afastamento das nossas opiniões? Achas mesmo que se trata, apenas, de mais do mesmo? Ou será "no mesmo"? Será que te poderá incomodar que eu tenha 0,0001% de razão no que digo? Vamos beber uns "Famous" ao Carritas, ou nem por isso?

Um grande abraço,
Kaiser.

PS: essa estória da solidariedade, estresanda a corporativismo!

abril 07, 2004

Do desgoverno do Governo, ou não! 

Discute-se no blog do meu caro amigo , o alegado (a)Governo.

Nunca me identifiquei com nenhum partido, e faz já algum tempo que me considero, para todos os efeitos, perfeita e completamente apartidário.

Diz-nos o , e cuidado porque ele sabe quase sempre do que fala (tirando as teorias da conspiração Mel Gibson - Zé Tó), que o governo do Governo é um desgoverno, perdido num mar de manipulações, nomeações, e outras tantas questões.

Como apartidário, sigo os caminhos e descaminhos dos nossos sucessivos governos sem olhar nem a cores partidárias, nem às paixões da causa ou à causa das paixões. Sendo certo, como é bom de ver, que não consigo olhar sem reparar na cambada de asnos que, infelizmente, pastam na nossa Assembleia (quem tem uma Ministra da Justiça como a Celeste e outra como o Paulinho das Feiras, só se vivesse noutra galáxia é que não reparava)!

Pois bem, a gestão do nosso Governo pode ser a mais catastófrica que existe, não contesto! Mas, e desculpem-me (os apaixonados) tom mais absolutista, se lá tivessem outros a catástrofe seria exactamente a mesma.

Bem ou mal, a meu ver necessariamente, o Governo teve de tomar decisões adiadas já há muito tempo, que tinham de ser, para além de decididas (passe o pleonasmo), executadas e que outros não quiseram levar a cabo. Medo, insegurança, prudência (!), chamem-lhe o que quiserem. Noves fora, nada fizeram. E não, não me refiro apenas ao Governo anterior, refiro-me a todos os que por lá passaram.

O problema de tomar decisões importantes é, nas mais das vezes, o facto de elas acarretarem consequências difíceis de suportar.

Só a má-fé pode considerar, por exemplo, que o actual Governo é o único responsável pelo "lindo" défice que apresentamos (o qual, segundo consta, vai já nos 3.4%) à margem de todas as metas europeias.

A diferença é que este decidiu pô-lo cá fora, outros houve que, e não menosprezando a hipotética nobreza do acto, optaram pelo silêncio.

Se me perguntam: achas então que este Governo é um espetáculo?-, respondo, prontamente, não! Mas sempre poderei acrescentar que a merda que fazem não a escondem!

Antes saber que estou na merda, a pensar que estou no Oásis e acabar na favela!

Zero 

My reflection, dirty mirror
There's no connection to myself
I'm your lover, I'm your zero
I'm in the face of your dreams of glass
So save your prayers
For when we're really gonna need'em
Throw out your cares and fly
Wanna go for a ride?

She's the one for me
She's all I really need
Cause she's the one for me
Emptiness is loneliness, and loneliness is cleanliness
And cleanliness is godliness, and god is empty just like me
Intoxicated with the madness, I'm in love with my sadness
Bullshit fakers, enchanted kingdoms
The fasion victims chew their charcoal teeth
I never let on, that I was on a sinking ship
I never let on that I was down
You blame yourself, for what you can't ignore
You blame yourself for wanting more
She's the one for me
She's all I really need
She's the one for me
She's my one and only

Smashing Pumpkins

abril 05, 2004

... 

"I'm not afraid to go, but it goes so slow".

Jeff Buckley, Grace

abril 03, 2004

Compra Obrigatória! 



Em quatro palavras: Magistral!

abril 02, 2004

Tenho dois minutos para me coçar! 

O Autor (hoje apetece-me ser Autor) deste blog nem tempo tem para se coçar! Mas, sempre que pode, não deixa de espreitar os blogs que nos rodeiam.

A primavera parece ter vindo mesmo a calhar, andam por aí muitos blogs sorridentes, tão sorridentes que metem férias.

Excepção seja feita à tristeza do adeus, se bem que a alegria do regresso deve colmatar quaisquer necessidades (digo eu!)...

Pois bem, de discussões filosóficas (sempre bem-vindas), a desejos finais. Por entre viagens e máscaras feitas de sintonias.

Acabando em poéticos raspanetes.

Há até quem se sinta vazio (vazia neste caso).

Quanto ao resto, já só faltam 30 segundos e ainda não me cocei!!!

Beijo e Abraços,

Do Autor.

abril 01, 2004

Placebo #1 

Strange infatuation seems to grace the evening tide.
I'll take it by your side.
Such imagination seems to help the feeling slide.
I'll take it by your side.
Instant correlation sucks and breeds a pack of lies.
I'll take it by your side.
Oversaturation curls the skin and tans the hide.
I'll take it by your side.

I'm unclean, a libertine
And every time you vent your spleen,
I seem to lose the power of speech,
Your slipping slowly from my reach.
You grow me like an evergreen,
You never see the lonely me at all

I...
Take the plan, spin it sideways.
I...
Fall.
Without you, I'm Nothing.
Without you, I'm nothing.
Without you, I'm nothing.
Take the plan, spin it sideways.
Without you, I'm nothing at all.

Placebo, Without You, I'm Nothing

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